segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Gosto de Gente!
Gosto de gente com a cabeça no lugar,
De conteúdo interno,
Idealismo nos olhos e dois pés no chão da realidade.
Gosto de gente que ri,
Chora, se emociona com uma simples carta,
Um telefonema, uma canção suave, um bom filme,
Um bom livro, um gesto de carinho, um abraço, um afago.

Gente que ama e curte saudades, gosta de amigos,
Cultiva flores, ama animais.
Admira paisagens, poeira;
E escuta.

Gente que tem tempo para sorrir bondade,
Semear perdão, repartir ternuras,
Compartilhar vivências e dar espaço para as emoções dentro de si,
Emoções que fluem naturalmente de dentro de seu ser!

Gente que gosta de fazer as coisas que gosta,
Sem fugir de compromissos difíceis e inadiáveis,
Por mais desgastantes que sejam.

Gente que colhe, orienta, se entende, aconselha,
Busca a verdade e quer sempre aprender,
Mesmo que seja de uma criança, de um pobre, de um analfabeto.

Gente de coração desarmado, sem ódio e preconceitos baratos.
Com muito AMOR dentro de si.
Gente que erra e reconhece, cai e se levanta,
Apanha e assimila os golpes,
Tirando lições dos erros e fazendo redentora suas lágrimas e sofrimentos.
Gosto muito de gente assim.....

E desconfio que é deste tipo de gente que DEUS também gosta!
(Anônimo)


terça-feira, 18 de novembro de 2008

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

http://autoconhecimento.valzacchi.com.br/piaget.gifA Teoria Psicogenética de Piaget

Jean Peaget foi um contrapositor às correntes psicológicas outrora credenciadas pela psicologia geral, que eram o objetivismo e subjetivismo, correntes estas derivadas do pensamento filosófico de Decartes que permanecem o materialismo mecanicista e o idealismo no estudo da compreensão do ser humano, que separavam nas esferas física e psíquica.
Opositor a este pensamento Piaget sob um exigente rigor científico, estuda o desenvolvimento da inteligência desde o nascimento até a aquisição da linguagem, utilizando seus três filhos como objeto de estudo, compreende o desenvolvimento humano sob uma visão interacionista. E embora não fosse seu objetivo criar uma teoria específica para desenvolvimento da aprendizagem deixa um legado ao campo da educação com o método Psicogenético de Piaget, com a idéia de construtivismo seqüencial.
Este método consiste num conceito de epigênese, ao qual Piaget argumenta que “o conhecimento não procede nem da experiência única dos objetos nem de uma programação inata pré-formada no sujeito, mas de construções sucessivas com elaboração constantes de estruturas novas” (Piaget, 1976 apud. Freitas 200:64).
Sobre esta ótica, o homem é possuidor de uma estrutura biológica que o possibilita desenvolver o mental o que por se só não é garantia de desenvolvimento, pois este desenvolvimento se dá também a partir da interação do sujeito com o objeto a conhecer, num processo de equilíbrio, formando assim o “sujeito epistêmico” o que caracteriza o papel central do modelo peagetiano, pois a grande preocupação da teoria é desvendar os mecanismos processivos do pensamento do homem.
Segundo Piaget, o pensamento lógico matemático, se dá através de um mecanismo auto-regular, que além de envolver a interação homem-objeto também depende do exercício do raciocínio, ou seja, demanda um processo interno de reflexão que se constroem através de fatores complementares, tais como: O processo de maturação do organismo e a experiência com objetos de vivência social e sobretudo, a equilibração do organismo ao meio. Para que ocorra esta equilibração, Piaget considera a atuação de dois elementos básicos ao desenvolvimento humano, que são os fatores invariantes e os fatores variantes.
Os fatores invariantes no modelo piagetiano, é que o indivíduo ao nascer, recebe como herança uma série de estruturas biológicas sensoriais e neurológicas que permanecem constantes ao longo de sua vida e que irão predispor o surgimento de certas estruturas mentais, assim considera-se que o indivíduo carrega duas marcas inatas que são a tendência natural à organização e a adaptação.
Quanto aos fatores variantes Piaget, diz que a unidade básica de pensamento e ação estrutural se transforma no processo de interação com o meio, visando à adaptação do indivíduo ao real que o circunda, o que leva a crer que a inteligência não é herdada, mas sim que ela é construída no processo interativo entre o homem e o ambiente, utilizando-se de dois mecanismos que apesar de distintos são indissociáveis e se completam que são: os mecanismos de assimilação e acomodação.
Sobre a perspectiva Piagetiana estes dois mecanismos são fundamentais para que ocorra o desenvolvimento humano, a aprendizagem e a construção do conhecimento, pois Piaget, considera que toda experiência é assimilada a uma estrutura de idéias já existentes, podendo provocar uma transformação no processo de equilibração do organismo e gerar um novo processo de acomodação promovendo assim, evoluções no desenvolvimento cognitivo, daí a necessidade de expor o indivíduo à conflitos cognitivos constantemente para que o organismo busque resolvê-los e constitua novos conhecimentos.
Essa elaboração do conhecimento vai acontecendo durante os diversos estágios da vida a que Piaget chama de Processo Evolutivo da espécie humana que são caracterizados em quatro períodos, sendo eles: período-sensório motor, o pré-operatório motor, o período operatório e o período das operações formais.
O Período-sensório motor tem início com o nascimento e vai aproximadamente dois anos. Segundo Piaget, este estágio representa uma revolução copérnica, pois o bebê quando nasce não tem ainda estrutura cognitiva e sente-se como o centro de todas as ações, ao término deste período por volta dos dezoitos meses a linguagem chega à função semiótica ou simbólica começando a se organizar com uma estrutura mental que vai modificar o modo como essa criança vai compreender o mundo.
O Período Pré-operatório se dá por volta de (2 a 7 anos), a criança tem acesso a linguagem, sua inteligência é simbólica, explica o mundo de forma distorcida, seu pensamento é imaginário e egocêntrico, é uma fase que precisa ser estimulada com ambiente apropriado e brincadeiras ricas; pois quanto mais uma criança é estimulada mais ela tem chance de desenvolver estruturas cognitivas com qualidade. Para Piaget, a construção do real se dá na passagem do pensamento egocêntrico para o pensamento intuitivo. Quando a criança adquire reversibilidade e mobilidade do pensamento e consequentemente desenvolve pensamentos de socialização e cooperação (Piaget, 1996)
O Período Operatório acontece por volta de (7 a 12 anos), é um momento influenciado pelo processo de socialização, inicia-se o período de escolarização. Uma das características deste período e diminuição do período egocêntrico, gerando um aumento do pensamento lógico, onde a realidade é estruturada pela razão. A diferença da criança neste período do adulto é que ela ainda necessita do referencial concreto para construir seu conhecimento, tendo a escola papel fundamental nesse processo. A linguagem torna-se socializada e os jogos coletivos com regras são introduzidos. A construção do julgamento moral se inicia, dando-se a construção da cooperação, da discussão e da reflexão.
Período de operações formais compreendendo a fase de (12 anos em diante). O pensamento está livre do real, opera sobre conceitos, teorias, processa o pensamento, elaborando hipótese a respeito de uma teoria ou explicação, inspeciona os dados do problema, faz experimentos para ver o que realmente acontece e então, aceita ou/e rejeita sua história. Outra característica é a habilidade em operar com raciocínio hipotético-indutivo, diferentemente o pensador operatório concreto, que opera com raciocínio empírico-dedutivo. Ela é ativa nesse processo e realiza suas próprias escolhas.

Este processo evolutivo considera o desenvolvimento em sua forma retrospectiva, o nível mental atingido determina o que o sujeito pode fazer, pois a aprendizagem é um processo de reorganização aferida devendo ser levado em conta o desenvolvimento como limite para adequar o tipo de conteúdo, e estes devem servir como instrumentos ao desenvolvimento.
As contribuições da teoria psicogenética no campo da aprendizagem ao contrário da visão teórica do behaviorismo, é que o aluno não é um ser passivo no processo de ensino-aprendizagem. Ele é agente construtor do seu conhecimento, e como tal utiliza de estratégias, que quando errados não são vistas como tal, nem como inferência negativa, mas como uma tentativa de aprendizagem de novos conhecimentos.
Neste sentido conclui-se que no modelo construtivista piagetiano o conhecimento vem da ação interiorizado e de linguagem estabelecidas nas relações sociais. Para Piaget tomar consciência de uma operação é efetivamente fazê-la, ou seja, passar do plano da ação para o da linguagem, e portanto, reinventá-la na imaginação, para poder exprimi-la em palavras.
O desenvolvimento ocorre na relação do indivíduo e sua atenção sobre o meio. O fator social é considerado por Piaget como função secundária na transmissão lingüística e na construção do conhecimento será o resultado da interação, na qual o sujeito será sempre um elemento ativo, que aprende basicamente através de suas próprias ações sobre os objetos do mundo, e que constrói suas próprias categorias de pensamento ao mesmo tempo em que organiza seu mundo.
Curso de Pós Graduação Latu Sensu em Psicopedagogia


http://www.odilon.ca/images_pdh/VYGOTSKY.jpg
Abordagem sobre as teorias de Vygotsky


Psicólogo belarusso, Lev Semionovitch Vygotsky, era formado em direito pela Universidade de Moscou em 1918, e em consonância com o período acadêmico estudou, também, literatura e história.

Foi fundador da Escola Soviética de Psicologia, principal corrente, que hoje dá origem ao socioconstrutivismo. Embora sua curta vida, pois morreu aos 37 anos vitima de tuberculose, foi autor de uma importante obra, Pensamento e Linguagem, que ganharam dimensão graças a seus colaboradores, Luria e Leontiev, que disseminaram os seus textos, consagrando-o em um grande teórico da educação.

Vygotsky reescreve a psicologia, com base no materialismo marxista, após vivenciar a Revolução Russa em 1917, sendo que o seu projeto almejava construir uma teoria da educação adequada à nova realidade social emergida da revolução. Atualmente as teorias de Vygotsky sobre o homem construído/construtor em sua dimensão histórica e social ganham mais força em oposição às idéias sobre o desenvolvimento humano calcadas em uma dimensão biológica.

Dedicou-se ao estudo das funções psicológicas superiores, tipicamente humanas. Ao longo do processo de desenvolvimento, o indivíduo deixa de necessitar de marcas externas e passa a utilizar signos internos, que constituem as representações mentais, e que substituem os objetos do mundo real. Os signos internalizados são como marcas exteriores, elementos que representam objetos, eventos, situações. O homem é capaz de operar mentalmente sobre o mundo: planejar, estabelecer relações, compreender, associar. A capacidade de lidar com representações que substituem o real possibilitam ao homem libertar-se do espaço e do tempo presentes, efetuar relações mentais na ausência das coisas, imaginar e planejar intencionalmente. Ao trabalhar com processos superiores, as representações mentais da realidade exterior são na realidade, os principais mediadores a serem considerados na relação do homem com o mundo (Oliveira, 2001).

Sua teoria tem por base o desenvolvimento do indivíduo como resultado de um processo sócio-histórico. Para ele, a construção do homem se dá em um processo dialético e continuo decorrente das relações que se estabelecem em determinado grupo social e em um dado momento histórico. Por essas relações o homem se transforma e transforma a realidade que o cerca, reciprocamente.

Essa concepção supõe um caminho em direção à identificação e análise dos mecanismos mediante os quais ocorre o conhecimento. O autor investiu na busca de uma síntese não entendida como justaposição ou soma, mas como a emergência de algo novo, anteriormente inexistente. A emergência do novo supõe um processo de transformação, que gera novos fenômenos. A visão de Vygotsky busca uma síntese que integra, em uma mesma perspectiva, o homem enquanto corpo e mente, enquanto ser biológico e social, enquanto membro da espécie humana e participante de um processo histórico.

Vygotsky apresenta três idéias centrais como sendo os pilares de seu pensamento: as funções psicológicas têm um suporte biológico, pois são produtos da atividade cerebral; o funcionamento psicológico fundamenta-se nas relações sociais entre indivíduo e meio; a relação homem-mundo é uma relação mediada por sistemas simbólicos. O cérebro como órgão material é a base biológica do funcionamento psicológico apóia-se em uma das premissas da psicologia humana: enquanto espécie biológica, o homem possui uma existência material que define limites e possibilidades para o seu desenvolvimento. É um sistema aberto, de grande plasticidade, cuja estrutura e modos de funcionamento são modelados ao longo da história da espécie e do desenvolvimento individual.

Assim, o modelo socioconstrutivista, apoiadas às concepções de vygotsky, defende que a construção do conhecimento humano, esta ao longo do seu desenvolvimento, segundo seus princípios, na sociedade, na cultura e na sua história. Logo as habilidades cognitivas e as formas de estruturar o pensamento do individuo, é resultado das atividades praticadas de acordo com seus hábitos sociais na cultura a qual esta inserido.

Neste processo de desenvolvimento cognitivo, a linguagem exerce papel crucial na determinação de como a criança vai aprender a pensar. Pensamento e linguagem formam um todo individual, apesar de diferirem em suas gêneses. Diz ele, que a lógica formal dicotomiza esse dois elementos, ao afirmar que um conceito é adquirido pelas percepções básicas que temos do objeto a ser conhecido.

Dessa forma, a criança mescla em sua mente uma serie de percepções e imagens concretas, sendo da superposição dessas representações separadas que são estabelecidas as características gerais do objeto a ser conceituado como resultado final. Isto funciona num processo dialético, em que algo ganha significado, à medida que torna-se compreensível, ou seja, que saia do nível interpsicológico (entre pessoas) e vá para o intrapsicológico ( dentro de si mesmo). E ainda, o pensamento se verbaliza e a linguagem torna-se racional, originando então, novos conceitos, o que caracterizam o desenvolvimento intelectual.

Para compreender o desenvolvimento intelectual, é preciso considerar um elemento importante na teoria de Vygotsky, que é a Zona de Desenvolvimento Proximal, a que conceitua em, a distância entre o nível de desenvovolvimento real, determinado pela capacidade de resolver um problema sem ajuda, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através de resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou em colaboração com outro companheiro. Quer dizer, é a série de informações que a pessoa tem a potencialidade de aprender mas ainda não completou o processo, conhecimentos fora de seu alcance atual, mas potencialmente atingíveis. O nível de desenvolvimento real é dinâmico, aumenta dialeticamente com os movimentos do processo de aprendizagem. O desenvolvimento potencial é determinado pelas habilidades que o indivíduo já construiu, porém encontram-se em proceso.

O processo de aprendizagem pode ser definido de forma sintética como o individuo adquire novos conhecimentos, desenvolvem competências e mudam o comportamento. Contudo, a complexidade desse processo dificilmente pode ser explicada apenas através de recortes do todo. Por outro lado, qualquer definição está, invariavelmente, impregnada de pressupostos político-ideológicos, relacionados com a visão de homem, sociedade e saber.

Segundo Vygotsty (1978), uma característica essencial do aprendizado é que ele desperta vários processos de desenvolvimento internamente, os quais funcionam apenas quando a criança interage em seu ambiente de convívio, esses conhecimentos são características por ações de ordem prática e simples da vida cotidiana. Com eles, a criança é capaz de estabelecer relações entre objetos e o mundo em que a cerca, entretanto não é capaz de formular generalizações ou abstrações. Estas são produzidas a partir dos conceitos científicos que são posteriores, produzidos, principalmente nas interações escolares e dependentes do cotidiano. Apesar das diferenças entre esses dois conceitos eles se relacionam e se influenciam mutuamente, fazendo parte de um único processo que é o desenvolvimento da formação de conceitos do sujeito.

Portanto, o contexto escolar é visto como um lugar social privilegiado para o desenvolvimento dos conceitos científicos, e o professor exerce papel fundamental neste desenvolvimento, pois é mediador deste conhecimento, pautado pela interação.








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