A Teoria Psicogenética de PiagetJean Peaget foi um contrapositor às correntes psicológicas outrora credenciadas pela psicologia geral, que eram o objetivismo e subjetivismo, correntes estas derivadas do pensamento filosófico de Decartes que permanecem o materialismo mecanicista e o idealismo no estudo da compreensão do ser humano, que separavam nas esferas física e psíquica.
Opositor a este pensamento Piaget sob um exigente rigor científico, estuda o desenvolvimento da inteligência desde o nascimento até a aquisição da linguagem, utilizando seus três filhos como objeto de estudo, compreende o desenvolvimento humano sob uma visão interacionista. E embora não fosse seu objetivo criar uma teoria específica para desenvolvimento da aprendizagem deixa um legado ao campo da educação com o método Psicogenético de Piaget, com a idéia de construtivismo seqüencial.
Este método consiste num conceito de epigênese, ao qual Piaget argumenta que “o conhecimento não procede nem da experiência única dos objetos nem de uma programação inata pré-formada no sujeito, mas de construções sucessivas com elaboração constantes de estruturas novas” (Piaget, 1976 apud. Freitas 200:64).
Sobre esta ótica, o homem é possuidor de uma estrutura biológica que o possibilita desenvolver o mental o que por se só não é garantia de desenvolvimento, pois este desenvolvimento se dá também a partir da interação do sujeito com o objeto a conhecer, num processo de equilíbrio, formando assim o “sujeito epistêmico” o que caracteriza o papel central do modelo peagetiano, pois a grande preocupação da teoria é desvendar os mecanismos processivos do pensamento do homem.
Segundo Piaget, o pensamento lógico matemático, se dá através de um mecanismo auto-regular, que além de envolver a interação homem-objeto também depende do exercício do raciocínio, ou seja, demanda um processo interno de reflexão que se constroem através de fatores complementares, tais como: O processo de maturação do organismo e a experiência com objetos de vivência social e sobretudo, a equilibração do organismo ao meio. Para que ocorra esta equilibração, Piaget considera a atuação de dois elementos básicos ao desenvolvimento humano, que são os fatores invariantes e os fatores variantes.
Os fatores invariantes no modelo piagetiano, é que o indivíduo ao nascer, recebe como herança uma série de estruturas biológicas sensoriais e neurológicas que permanecem constantes ao longo de sua vida e que irão predispor o surgimento de certas estruturas mentais, assim considera-se que o indivíduo carrega duas marcas inatas que são a tendência natural à organização e a adaptação.
Quanto aos fatores variantes Piaget, diz que a unidade básica de pensamento e ação estrutural se transforma no processo de interação com o meio, visando à adaptação do indivíduo ao real que o circunda, o que leva a crer que a inteligência não é herdada, mas sim que ela é construída no processo interativo entre o homem e o ambiente, utilizando-se de dois mecanismos que apesar de distintos são indissociáveis e se completam que são: os mecanismos de assimilação e acomodação.
Sobre a perspectiva Piagetiana estes dois mecanismos são fundamentais para que ocorra o desenvolvimento humano, a aprendizagem e a construção do conhecimento, pois Piaget, considera que toda experiência é assimilada a uma estrutura de idéias já existentes, podendo provocar uma transformação no processo de equilibração do organismo e gerar um novo processo de acomodação promovendo assim, evoluções no desenvolvimento cognitivo, daí a necessidade de expor o indivíduo à conflitos cognitivos constantemente para que o organismo busque resolvê-los e constitua novos conhecimentos.
Essa elaboração do conhecimento vai acontecendo durante os diversos estágios da vida a que Piaget chama de Processo Evolutivo da espécie humana que são caracterizados em quatro períodos, sendo eles: período-sensório motor, o pré-operatório motor, o período operatório e o período das operações formais.
O Período-sensório motor tem início com o nascimento e vai aproximadamente dois anos. Segundo Piaget, este estágio representa uma revolução copérnica, pois o bebê quando nasce não tem ainda estrutura cognitiva e sente-se como o centro de todas as ações, ao término deste período por volta dos dezoitos meses a linguagem chega à função semiótica ou simbólica começando a se organizar com uma estrutura mental que vai modificar o modo como essa criança vai compreender o mundo.
O Período Pré-operatório se dá por volta de (2 a 7 anos), a criança tem acesso a linguagem, sua inteligência é simbólica, explica o mundo de forma distorcida, seu pensamento é imaginário e egocêntrico, é uma fase que precisa ser estimulada com ambiente apropriado e brincadeiras ricas; pois quanto mais uma criança é estimulada mais ela tem chance de desenvolver estruturas cognitivas com qualidade. Para Piaget, a construção do real se dá na passagem do pensamento egocêntrico para o pensamento intuitivo. Quando a criança adquire reversibilidade e mobilidade do pensamento e consequentemente desenvolve pensamentos de socialização e cooperação (Piaget, 1996)
O Período Operatório acontece por volta de (7 a 12 anos), é um momento influenciado pelo processo de socialização, inicia-se o período de escolarização. Uma das características deste período e diminuição do período egocêntrico, gerando um aumento do pensamento lógico, onde a realidade é estruturada pela razão. A diferença da criança neste período do adulto é que ela ainda necessita do referencial concreto para construir seu conhecimento, tendo a escola papel fundamental nesse processo. A linguagem torna-se socializada e os jogos coletivos com regras são introduzidos. A construção do julgamento moral se inicia, dando-se a construção da cooperação, da discussão e da reflexão.
Período de operações formais compreendendo a fase de (12 anos em diante). O pensamento está livre do real, opera sobre conceitos, teorias, processa o pensamento, elaborando hipótese a respeito de uma teoria ou explicação, inspeciona os dados do problema, faz experimentos para ver o que realmente acontece e então, aceita ou/e rejeita sua história. Outra característica é a habilidade em operar com raciocínio hipotético-indutivo, diferentemente o pensador operatório concreto, que opera com raciocínio empírico-dedutivo. Ela é ativa nesse processo e realiza suas próprias escolhas.
Este processo evolutivo considera o desenvolvimento em sua forma retrospectiva, o nível mental atingido determina o que o sujeito pode fazer, pois a aprendizagem é um processo de reorganização aferida devendo ser levado em conta o desenvolvimento como limite para adequar o tipo de conteúdo, e estes devem servir como instrumentos ao desenvolvimento.
As contribuições da teoria psicogenética no campo da aprendizagem ao contrário da visão teórica do behaviorismo, é que o aluno não é um ser passivo no processo de ensino-aprendizagem. Ele é agente construtor do seu conhecimento, e como tal utiliza de estratégias, que quando errados não são vistas como tal, nem como inferência negativa, mas como uma tentativa de aprendizagem de novos conhecimentos.
Neste sentido conclui-se que no modelo construtivista piagetiano o conhecimento vem da ação interiorizado e de linguagem estabelecidas nas relações sociais. Para Piaget tomar consciência de uma operação é efetivamente fazê-la, ou seja, passar do plano da ação para o da linguagem, e portanto, reinventá-la na imaginação, para poder exprimi-la em palavras.
O desenvolvimento ocorre na relação do indivíduo e sua atenção sobre o meio. O fator social é considerado por Piaget como função secundária na transmissão lingüística e na construção do conhecimento será o resultado da interação, na qual o sujeito será sempre um elemento ativo, que aprende basicamente através de suas próprias ações sobre os objetos do mundo, e que constrói suas próprias categorias de pensamento ao mesmo tempo em que organiza seu mundo.
Opositor a este pensamento Piaget sob um exigente rigor científico, estuda o desenvolvimento da inteligência desde o nascimento até a aquisição da linguagem, utilizando seus três filhos como objeto de estudo, compreende o desenvolvimento humano sob uma visão interacionista. E embora não fosse seu objetivo criar uma teoria específica para desenvolvimento da aprendizagem deixa um legado ao campo da educação com o método Psicogenético de Piaget, com a idéia de construtivismo seqüencial.
Este método consiste num conceito de epigênese, ao qual Piaget argumenta que “o conhecimento não procede nem da experiência única dos objetos nem de uma programação inata pré-formada no sujeito, mas de construções sucessivas com elaboração constantes de estruturas novas” (Piaget, 1976 apud. Freitas 200:64).
Sobre esta ótica, o homem é possuidor de uma estrutura biológica que o possibilita desenvolver o mental o que por se só não é garantia de desenvolvimento, pois este desenvolvimento se dá também a partir da interação do sujeito com o objeto a conhecer, num processo de equilíbrio, formando assim o “sujeito epistêmico” o que caracteriza o papel central do modelo peagetiano, pois a grande preocupação da teoria é desvendar os mecanismos processivos do pensamento do homem.
Segundo Piaget, o pensamento lógico matemático, se dá através de um mecanismo auto-regular, que além de envolver a interação homem-objeto também depende do exercício do raciocínio, ou seja, demanda um processo interno de reflexão que se constroem através de fatores complementares, tais como: O processo de maturação do organismo e a experiência com objetos de vivência social e sobretudo, a equilibração do organismo ao meio. Para que ocorra esta equilibração, Piaget considera a atuação de dois elementos básicos ao desenvolvimento humano, que são os fatores invariantes e os fatores variantes.
Os fatores invariantes no modelo piagetiano, é que o indivíduo ao nascer, recebe como herança uma série de estruturas biológicas sensoriais e neurológicas que permanecem constantes ao longo de sua vida e que irão predispor o surgimento de certas estruturas mentais, assim considera-se que o indivíduo carrega duas marcas inatas que são a tendência natural à organização e a adaptação.
Quanto aos fatores variantes Piaget, diz que a unidade básica de pensamento e ação estrutural se transforma no processo de interação com o meio, visando à adaptação do indivíduo ao real que o circunda, o que leva a crer que a inteligência não é herdada, mas sim que ela é construída no processo interativo entre o homem e o ambiente, utilizando-se de dois mecanismos que apesar de distintos são indissociáveis e se completam que são: os mecanismos de assimilação e acomodação.
Sobre a perspectiva Piagetiana estes dois mecanismos são fundamentais para que ocorra o desenvolvimento humano, a aprendizagem e a construção do conhecimento, pois Piaget, considera que toda experiência é assimilada a uma estrutura de idéias já existentes, podendo provocar uma transformação no processo de equilibração do organismo e gerar um novo processo de acomodação promovendo assim, evoluções no desenvolvimento cognitivo, daí a necessidade de expor o indivíduo à conflitos cognitivos constantemente para que o organismo busque resolvê-los e constitua novos conhecimentos.
Essa elaboração do conhecimento vai acontecendo durante os diversos estágios da vida a que Piaget chama de Processo Evolutivo da espécie humana que são caracterizados em quatro períodos, sendo eles: período-sensório motor, o pré-operatório motor, o período operatório e o período das operações formais.
O Período-sensório motor tem início com o nascimento e vai aproximadamente dois anos. Segundo Piaget, este estágio representa uma revolução copérnica, pois o bebê quando nasce não tem ainda estrutura cognitiva e sente-se como o centro de todas as ações, ao término deste período por volta dos dezoitos meses a linguagem chega à função semiótica ou simbólica começando a se organizar com uma estrutura mental que vai modificar o modo como essa criança vai compreender o mundo.
O Período Pré-operatório se dá por volta de (2 a 7 anos), a criança tem acesso a linguagem, sua inteligência é simbólica, explica o mundo de forma distorcida, seu pensamento é imaginário e egocêntrico, é uma fase que precisa ser estimulada com ambiente apropriado e brincadeiras ricas; pois quanto mais uma criança é estimulada mais ela tem chance de desenvolver estruturas cognitivas com qualidade. Para Piaget, a construção do real se dá na passagem do pensamento egocêntrico para o pensamento intuitivo. Quando a criança adquire reversibilidade e mobilidade do pensamento e consequentemente desenvolve pensamentos de socialização e cooperação (Piaget, 1996)
O Período Operatório acontece por volta de (7 a 12 anos), é um momento influenciado pelo processo de socialização, inicia-se o período de escolarização. Uma das características deste período e diminuição do período egocêntrico, gerando um aumento do pensamento lógico, onde a realidade é estruturada pela razão. A diferença da criança neste período do adulto é que ela ainda necessita do referencial concreto para construir seu conhecimento, tendo a escola papel fundamental nesse processo. A linguagem torna-se socializada e os jogos coletivos com regras são introduzidos. A construção do julgamento moral se inicia, dando-se a construção da cooperação, da discussão e da reflexão.
Período de operações formais compreendendo a fase de (12 anos em diante). O pensamento está livre do real, opera sobre conceitos, teorias, processa o pensamento, elaborando hipótese a respeito de uma teoria ou explicação, inspeciona os dados do problema, faz experimentos para ver o que realmente acontece e então, aceita ou/e rejeita sua história. Outra característica é a habilidade em operar com raciocínio hipotético-indutivo, diferentemente o pensador operatório concreto, que opera com raciocínio empírico-dedutivo. Ela é ativa nesse processo e realiza suas próprias escolhas.
Este processo evolutivo considera o desenvolvimento em sua forma retrospectiva, o nível mental atingido determina o que o sujeito pode fazer, pois a aprendizagem é um processo de reorganização aferida devendo ser levado em conta o desenvolvimento como limite para adequar o tipo de conteúdo, e estes devem servir como instrumentos ao desenvolvimento.
As contribuições da teoria psicogenética no campo da aprendizagem ao contrário da visão teórica do behaviorismo, é que o aluno não é um ser passivo no processo de ensino-aprendizagem. Ele é agente construtor do seu conhecimento, e como tal utiliza de estratégias, que quando errados não são vistas como tal, nem como inferência negativa, mas como uma tentativa de aprendizagem de novos conhecimentos.
Neste sentido conclui-se que no modelo construtivista piagetiano o conhecimento vem da ação interiorizado e de linguagem estabelecidas nas relações sociais. Para Piaget tomar consciência de uma operação é efetivamente fazê-la, ou seja, passar do plano da ação para o da linguagem, e portanto, reinventá-la na imaginação, para poder exprimi-la em palavras.
O desenvolvimento ocorre na relação do indivíduo e sua atenção sobre o meio. O fator social é considerado por Piaget como função secundária na transmissão lingüística e na construção do conhecimento será o resultado da interação, na qual o sujeito será sempre um elemento ativo, que aprende basicamente através de suas próprias ações sobre os objetos do mundo, e que constrói suas próprias categorias de pensamento ao mesmo tempo em que organiza seu mundo.
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